Carnaval acende alerta para riscos de trauma acústico

Carnaval acende alerta para riscos de trauma acústico

6 de fevereiro de 2020

Já é Carnaval em muitos lugares do país e é nesta época que lembramos da importância de prevenir o trauma acústico. Essa lesão do ouvido interno normalmente é provocada pela exposição a ruídos muito elevados. A médica otorrinolaringologista do Centro Boucault, Renata Boucault, lembra – porém – que não é só bateria de escola de samba ou o som alto dos trios elétricos que podem provocar esse tipo de trauma. Cada vez mais, os riscos estão também no dia a dia.

Segundo Renata, em eventos como o Carnaval percebemos mais nitidamente o quanto os ruídos em alta frequência castigam a audição. Apesar disso, ela orienta que os cuidados na prevenção do trauma acústico sejam constantes.

“Perto de uma caixa de som, ao acompanhar um desfile no sambódromo ou atrás de um bloco, nossa audição fica mais sensível. Porém, o problema não é só o volume alto da música. A exposição a ruídos mais baixos por um tempo prolongado também é prejudicial”, destaca.

Ela lembra que o uso cada vez mais frequente de fones de ouvido diariamente também é prejudicial. Isso foi mostrado nesta reportagem exibida no início desta semana. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2040 cerca de um bilhão de pessoas de até 35 anos podem perder a audição. “O risco existe para qualquer pessoa exposta a sons com mais de 85 decibéis continuamente”, frisa a otorrinolaringologista.

Entre os sintomas do trauma acústico estão a perda auditiva progressiva, o zumbido no ouvido e incômodo com sons. O sono e a concentração também podem ser prejudicados pelo trauma acústico. A lesão pode causar ainda irritabilidade e aumento da pressão arterial.

“Para o Carnaval, especificamente, a orientação é ficar longe das caixas de som e não muito perto da bateria. Se não for possível, protetores de ouvido são recomendados”, afirma Renata. Outra dica da otorrinolaringologista é fazer intervalos de 10 minutos a cada hora exposta ao som alto.

Para o dia a dia, a médica ressalta que o som dos fones de ouvido não devem passar da metade da potência do aparelho. “Também não é indicado mais de duas horas de uso contínuo dos fones”, acrescenta.

A qualquer alteração na audição, é essencial uma consulta com otorrinolaringologista. O tratamento precoce aumenta as chances de reverter problemas com o trauma acústico. Clique aqui para agendar um horário com nossa otorrino! Já para mais informações sobre essa especialidade no Centro Boucault, clique aqui.