Riscos de trauma acústico exigem cuidados no Carnaval

Riscos de trauma acústico exigem cuidados no Carnaval

12 de fevereiro de 2018

Estamos em pleno Carnaval, a maior festa popular brasileira, que leva multidões aos sambódromos, blocos de rua, trios elétricos e a outras festas variadas. Em comum, esses eventos têm a música alta, seja das caixas acústicas ou das baterias das escolas de samba e blocos. Um alerta do setor de Otorrinolaringologia do Centro Boucault para quem ainda vai curtir o Carnaval é ficar atento aos riscos de trauma acústico.

Segundo a médica otorrino Renata Boucault, a exposição prolongada a ruídos altos pode provocar a lesão no ouvido interno.

“Qualquer pessoa exposta a sons com mais de 85 decibéis pode ter riscos de trauma acústico”, destaca ela. Para se ter uma ideia, volume do som emitido por uma bateria de escola de samba pode alcançar 130 decibéis.

“Os ruídos muito altos podem ocasionar sensação de pressão nos ouvidos, além de zumbido e dificuldade auditiva, seja durante o Carnaval ou nos dias seguintes à folia”, diz Renata. A médica afirma que, no decorrer na vida, essa exposição ao som alto tem efeito cumulativo e pode causar lesões irreversíveis.

Quem quer se divertir no Carnaval pode prevenir riscos de traumas acústicos ao se manter a uma distância mínima de 10 metros da fonte dos ruídos. “Também é recomendado o uso de protetores auriculares, que diminuem o impacto do som nos ouvidos”, frisa. A otorrinolaringologista alerta, principalmente, para o perigo da música alta para crianças, que têm os ouvidos mais sensíveis.

A Organização Mundial da Saúde estima que 10% da população mundial tenha algum tipo de deficiência auditiva e o trauma acústico pode causar ou agravar problemas na audição. “A qualquer sintoma de incômodo nos ouvidos depois da exposição a barulho excessivo exige avaliação médica”, ressalta Renata Boucault.

Ela finaliza explicando que o dano auditivo, no período carnavalesco, pode ser temporário, mas ainda assim exige cuidados especializados.

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