
Salvador Boucault Júnior: o fundador do Centro Boucault
14 de junho de 2017
Formado em 1976, na quarta turma de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes, o médico oftalmologista Salvador Boucault Júnior acumula muito mais do que experiência à frente do Centro Boucault. Em quatro décadas de profissão, o médico acompanhou a acelerada evolução da tecnologia no diagnóstico e tratamento de doenças oculares e viu dois dos filhos escolherem a mesma profissão e a mesma especialidade pela qual ele é apaixonado.
Na entrevista a seguir, Salvador Boucault Júnior conta um pouco sobre sua trajetória e trabalho no Centro Boucault.
Por que o senhor escolheu a Oftalmologia?
Salvador Boucault Júnior: Eu sempre achei que os olhos eram a parte mais importante do corpo humano, mas no meio médico não era essa a visão que se tinha. Os grandes médicos da minha época eram cirurgiões, a Oftalmologia era sempre desconsiderada. O oftalmo era visto – nada mais, nada menos – como alguém que prescrevia óculos. Com o tempo, isso mudou. Tanto que nenhum outro médico opina sobre o trabalho do oftalmologista, ao contrário do que muitas vezes acontece em outras especialidades.
O que mudou na Medicina, especialmente na Oftalmologia, de 40 anos pra cá?
Salvador Boucault Júnior: Foram muitas mudanças não só na formação quanto no trabalho do médico, seja qual for a especialidade. Na Oftalmologia, os avanços tecnológicos fazem com que a disparidade em relação ao que era no passado seja gigantesca. Para se ter uma ideia, em 1985 eu fui para Barcelona conhecer a cirurgia para colocação da lente intraocular em pacientes com catarata. Joaquim Barraquer foi pioneiro nessa técnica cirúrgica que era um avanço enorme para época. Por aqui, meu avô, por exemplo, precisava usar um óculos de 20 graus porque não se tinha essa tecnologia. Hoje, meu filho Ricardo Boucault realiza a cirurgia de catarata com um procedimento feito por um furinho minúsculo, introduzindo a lente com a própria agulha.
Ou seja, em um curto período de tempo, se avançou muito e o Centro Boucault acompanha essas mudanças para oferecer sempre o que há de mais moderno para os pacientes.
E o relacionamento com os pacientes, também mudou?
Salvador Boucault Júnior: Da minha parte, isso é algo que não muda. Eu ainda tenho pacientes da época da clínica na Rua Doutor Correa, onde atendi por 30 anos. Todos que eu atendo, desde que comecei minha carreira, recebem a mesma atenção. Primeiro eu converso, depois examino, em seguida volto a conversar. Isso faz a diferença e é algo que eu faço questão de manter. É claro que não tem como ser assim em toda a rede médica, existem os convênios, que exigem um atendimento mais ágil, mas nenhum paciente pode ser atendido na correria e isso é algo pelo qual eu prezo muito.
Toda a estrutura do Centro Boucault foi pensada nesse respeito ao paciente?
Salvador Boucault Júnior: Desde a escolha da localização da clínica, até os ambientes, eu fiz questão de pensar sempre nos pacientes. Primeiro porque eu sempre quis que eles não sentissem como se estivessem entrando em uma clínica, já que naturalmente as pessoas vêm preocupadas com sua condição de saúde. Então esse formato de um “casarão” já faz com que as pessoas se sintam mais confortáveis. As dimensões da construção também foram pensadas dessa forma, assim como as rampas de acesso, o estacionamento, o espaço para o café.
Hoje ampliamos nossa área de atuação, temos outras especialidades além da oftalmologia, mas desde o princípio pensamos naqueles que têm algum problema na visão.
Como é, para o senhor, trabalhar com os seus filhos?
Salvador Boucault Júnior: É uma satisfação muito grande e, ao mesmo tempo, é algo que hoje me traz tranquilidade, já que são eles quem cuidam de tudo, sob minha supervisão. O melhor é saber que eu nunca falei para eles seguirem a mesma profissão ou a mesma especialidade que eu. Foram eles que – por conta própria – perceberam o quanto eu sempre gostei do que fiz e resolveram escolher a Oftalmologia. Hoje vejo a empolgação do Ricardo e do Fernando com tudo o que fazem, com a constante atualização profissional e tecnológica que eles fazem questão buscar. Fico muito satisfeito porque isso transmite confiança também para nossos pacientes e porque a tecnologia até pode mudar com o tempo, mas a confiança que o paciente deve ter no seu médico, isso não muda.
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